A técnica de “estabilização protetora” pode ser utilizada durante o atendimento odontológico de criança não colaboradora. Ela tem o objetivo de restringir fisicamente os movimentos impróprios do paciente infantil na intenção de viabilizar o tratamento odontológico com máximo de segurança possível.
Uma das alternativas para o atendimento de criança não colaboradora é a imobilização parcial ou completa da criança, chamada no meio científico como “estabilização protetora”.
- Acessórios para estabilização protetora
- Indicações da técnica de estabilização protetora
- Aceitação e colaboração dos pais
A técnica tem o objetivo de restringir fisicamente os movimentos impróprios do paciente infantil na intenção de viabilizar o tratamento odontológico com máximo de segurança possível pois os movimentos podem ser perigosos uma vez que estamos utilizando instrumentais muitas vezes afiados, sendo que a estabilização pode ser realizada de forma parcial ou total.
Acessórios para estabilização protetora
Para aplicar a técnica de estabilização é comum utilizarmos acessórios próprios para este fim, como este de exemplo na imagem comercializado pela empresa Cutepaws.
O profissional pode utilizar também mantas, lençóis ou adereços de imobilização, sendo que em alguns casos podemos contar com a ajuda dos pais/responsáveis, assim como da equipe odontológica.
Indicações da técnica de estabilização protetora
É importante salientar que a técnica não se aplica a todos os tipos de crianças. A literatura aponta que a técnica deve ser empregada em pacientes menores de três anos de idade, que não cooperam e possuem um grau mínimo de maturidade, naqueles com algum tipo de deficiência mental que também não colaboram, ou naqueles com alguma deficiência física que impossibilite o manuseio. Tendo-se em vista o intuito de minimizar possíveis riscos de acidentes durante o atendimento, além proporcionar um atendimento seguro e de qualidade.
A técnica ainda pode ser aplicada em crianças menores em situação de urgência odontológica, dispensando, assim, o uso da técnica de anestesia geral para um tratamento único e pontual.
Aceitação e colaboração dos pais
É oportuno avaliar o nível de cooperação da criança antes de escolher qualquer que seja a técnica de manejo comportamental. E vale ressaltar a importância da participação dos pais no consultório odontológico durante o atendimento na primeira infância. Pois nessa fase o afastamento entre a criança e seus pais pode gerar angústia ou potencializar o medo, o que impede a cooperação e evolução das suas técnicas de manejo.
A estabilização protetora será utilizada apenas em casos absolutamente necessários e sempre com consentimento dos pais/responsáveis da criança.
Portanto, ao optar pela utilização da técnica, é de extrema importância ter em mãos um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais/responsáveis do paciente como forma de autorização.
Preencha os campos abaixo para baixar o termo de consentimento livre e esclarecido!
Diante da avaliação clínica do paciente e indicação da técnica de estabilização protetora. É importante que o profissional disponha dos acessórios necessários e obtenha a aceitação dos pais diante do atendimento.
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Por Carla S. Pereira.