Sabemos que tratamentos odontológicos, seja na clínica geral ou na odontopediatria são de extrema importância para a saúde. Até mesmo alguns adultos têm medo de ir ao dentista, mas quando se trata de crianças, nem sempre elas conseguem se expressar bem, o que pode levar a comportamentos como choro, birra ou fuga. Atender crianças pode ser bastante desafiador quando esses comportamentos negativos acontecem, por isso a necessidade do manejo comportamental para dentista saber controlar o medo e ansiedade no paciente infantil.
Para ensinar e moldar comportamentos adequados frente aos procedimentos, utilizamos as técnicas de “manejo comportamental”. Algumas delas, acabamos executando naturalmente, pois envolve a comunicação, busca pela atenção do paciente e sua resposta aos comandos. No entanto, quando estudamos as diversas opções disponíveis, podemos aprimorar e obter maior sucesso no atendimento.
Como controlar o medo e ansiedade no paciente infantil?
O controle do medo e ansiedade do paciente infantil pode se dar através de meios farmacológicos ou não farmacológicos, como o emprego de técnicas de manejo comportamental que podem ser utilizadas isoladamente ou em conjunto.
O manejo comportamental auxilia os pacientes a identificarem comportamentos adequados e inadequados, aprendendo como minimizar seus anseios e controlar o impulso. Sendo que nunca deve ser utilizada como punição por mau comportamento, afirmação de poder ou com finalidade machucar, envergonhar ou menosprezar um paciente.
Quais as técnicas de manejo comportamental (não farmacológicas)?
Mas você pode estar se perguntando quais são as técnicas de manejo comportamental, seus objetivos e indicações. Os guidelines da American Academy of pediatric Dentistry recomendam algumas delas. Logo, na tabela a seguir, resumimos as técnicas que são classificadas como “Recursos básicos”.
Temos uma grande variedade de técnicas de manejo não farmacológicas. A maioria delas envolve a comunicação e tem o objetivo de conduzir as respostas aos comandos necessários. Dessa forma, o paciente é familiarizado e educado em relação ao ambiente odontológico e procedimentos. Muitas delas podem ser combinadas e a grande maioria pode ser usada em todos os pacientes sem contraindicações.
É fundamental avaliarmos, além de todas as necessidades odontológicas, o nível de ansiedade de nossos pacientes, seu desenvolvimento físico, psicológico e cognitivo. Assim conseguiremos aplicar as técnicas mais adequadas para cada situação, individualizando nosso paciente.
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Durante o tratamento, é preciso avaliar as respostas aos estímulos e alteração de comportamentos da criança, visando a necessidade de abordar outra técnica para obter sucesso no tratamento, sem desenvolver um trauma físico ou psicológico. Assim, as próximas consultas terão memórias positivas.
Lembre que adiar procedimentos que não irão causar problemas na saúde da criança também é uma opção viável para estabelecer comportamentos mais adequados e mais tranquilidade no tratamento. Quando necessário, lançar mão de técnicas farmacológicas também podem significar um sucesso no tratamento.
Portanto, o conhecimento das técnicas e a comunicação com a família são de extrema importância. Dessa forma, você irá transmitir mais segurança e satisfação dos pais sobre suas condutas, além de conquistar a confiança e criar um vínculo com o seu paciente.
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Por Rafaela Hochuli.