Coroas de aço, diferentes técnicas... Diferentes resultados?
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Odontopediatria

O uso de coroas de aço está novamente na pauta da clínica odontopediátrica, com a forte demanda restauradora de lesões proximais com extensão subgengival, recobrimento de múltiplas superfícies e dentes tratados endodonticamente. As coroas se posicionam novamente no mercado como uma alternativa conservadora para evitar a perda precoce.

A Técnica de Hall é uma técnica menos invasiva, segundo os estudos, esta técnica demostra um alto sucesso da técnica com ênfase na alta taxa de sobrevida. Ao comparar tratamentos realizado com a técnica de Hall e uma técnica modificada, onde um slice proximal e a redução das cúspides foi preconizada, pesquisadores evidenciaram que as coroas obtiveram sucesso em 92,4% dos casos, e que a diferença de técnica não afetou a sobrevida.

A técnica de Hall tem sido usada principalmente para tratar molares decíduos, mas sem remoção de cárie, preparo de dente ou uso de anestesia local. No estudo citado, foi colocado elásticos separadores para facilitar a inserção da coroa na proximal, o que para a realidade clínica facilita muito o trabalho.

Um questionamento pertinente é com relação ao uso de anestesia… Seria mesmo uma vantagem não anestesiar? Isso não é tema do post de hoje, mas vale a reflexão!

Se analisarmos as falhas das coroas, que embora muito pequena, 5,5% se deu para pulpite irreversível e abcesso, sendo atribuídas muito mais ao diagnóstico e ao controle dos fatores causais da doença, do que o material propriamente dito, que ficou com 2,2% decorrente da queda da coroa.

As coroas, independentemente da técnica, são eficazes para a reabilitação dental. A técnica de Hall se mostra muito bem-sucedida a longo prazo, tanto em cadeira, sob efeito de sedação com óxido nitroso ou sob anestesia geral, realizadas até mesmo por dentistas menos experientes.

MIDANI, R et al. Success rates of preformed metal crowns placed with the modified and standard hall technique in a paediatric dentistry setting. Int J Paediatr Dent. v. 29, n. 5, p. 550-556. Sep, 2019. doi: 10.1111/ipd.12495.

Por Carla S. Pereira.

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Carla Pereira

Graduada em Odontologia pela UFSC em 2009
Especialista em Odontopediatria - PUC/PR, 2011
Habilitação em Sedação Consciente com Óxido Nitroso, 2011
Mestre em Odontologia / Área de Concentração Odontopediatria - UFSC/SC, 2015
Clínica Privada em Curitiba/PR desde 2009.
Presidente da ABOPED, Regional Santa Catarina 2017/2019.
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria desde 2015
IAPD Membro do board 2019/21, 2021/23, 2023/25 - Membership Committee
Idealizadora da CAIXA GUIA - Odontopediatria, 2015
Clinical Adviser NuSmile no Brasil, desde 2019
Co-Fundadora e Diretora Acadêmica da Academia da Odontologia, 2020
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria - Caxias do Sul/RS desde 2022
Idealizadora do Estabilize, 2023
Fundadora, Membro e Secretária Financeira da SOBRASO

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