E-book Trauma em Dentes Decíduos - Academia da Odontologia
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A prevalência do trauma em dentes decíduos é de cerca de 35%, sendo mais comum entre 10 e 24 meses, já que nesta faixa etária a criança normalmente esta aprendendo a correr e andar, predispondo a pequenas quedas. Por isso você poderá baixar seu e-book de trauma em dentes decíduos gratuito.

No e-book será abordado os seguintes tópicos:

Entre os fatores que predispõe ao trauma dental na dentição decídua podemos citar:

  • Alterações oclusais (mordida aberta anterior, overjet acentuado);
  • Falta de selamento labial (sucção de ddo/chupeta, respirador bucal);
  • Obesidade (maior desequilíbrio);

Confira as diretrizes da IADT de 2020 para a avaliação e gestão de lesões dentárias traumáticas clicando aqui.

O trauma em dentes decíduos pode ser classificado em fraturas ou luxações. As fraturas podem ser subdivididas em fraturas não complicadas, complicadas, coronorradiculares e radiculares. Enquanto que as luxações podem ser subdivididas em concussão, subluxação, luxações laterais, intrusão, extrusão e avulsão.

Fraturas

Fraturas não complicadas

São as fraturas coronárias envolvendo só esmalte ou esmalte e dentina onde não há exposição pulpar. O aspecto clínico é fratura da coroa (esmalte ou esmalte e dentina) sem a exposição pulpar, geralmente sem aumento de mobilidade ou sangramento. Não terá alteração nos aspectos radiográficos e o tratamento será desgaste de bordos cortantes e proteção da dentina exposta.

Fraturas complicadas

São as fraturas coronárias com exposição pulpar. O aspecto clínico será a fratura da coroa (esmalte e dentina) com a exposição do tecido pulpar, geralmente sem aumento de mobilidade ou sangramento do sulco gengival. Não terá alterações nos aspectos radiográficos. Pulpotomia ou tratamento endodôntico nos casos onde é possível o procedimento restaurador seria o tratamento.

Fraturas coronorradiculares

As fraturas envolvendo esmalte, dentina e cemento. Os aspectos clínicos são as linhas de fratura são oblíquas, isto é, iniciam na coroa e vão até, na maioria dos casos, abaixo do nível subgengival ou infra-ósseo. Portanto é difícil definir a extensão e direção exata da fratura, mesmo com a assistência do exame radiográfico. Pode ser uma linha única ou múltiplas. São subdivididas em completa (quando o fragmento fica solto) ou incompleta (quando o fragmento permanece unido a estrutura dentária) ou em complicada (quando envolve o tecido pulpar) ou não complicada (sem envolvimento do tecido pulpar). No aspecto radiográfico observa-se o término da linha de fratura. E na maioria dos tratamentos na maioria dos casos seria exodontia.

Fraturas radiculares

Seriam fraturas que envolve cemento, dentina e polpa. Aumento de mobilidade, podendo haver sangramento pelo sulco gengival como aspectos clínicos e em radiográficos seriam as fraturas transversais podem ser no terço cervical, terço médio ou terço apical. Como tratamento, as fraturas no terço apical e médio podem ser acompanhadas clínica e radiograficamente observando, nesse período, algum sinal de necrose pulpar. As fraturas no terço cervical são indicações de exodontia.

Luxações

Concussões

Lesão no ligamento periodontal mas sem aumento de mobilidade e como aspecto clínico é o dente sem aumento de mobilidade, sem sangramento pelo sulco gengival e sem deslocamento. Apresenta sensibilidade a percussão. Diagnóstico do trauma pelo relato dos pais. Sem alteração logo após o trauma na radiográfica e o tratamento possível seria apenas clínico e radiográfico.

Subluxação

Lesão no ligamento periodontal com rompimento de fibras e
sangramento pelo sulco gengival. Apresenta sangramento pelo sulco gengival logo após o trauma, mobilidade aumentada (podendo variar o grau) e sensibilidade a percussão, não há deslocamento dental. Sem alterações logo após o trauma também no aspecto radiográfico. Tratamento seria acompanhamento clínico e radiográfico e contenção nos casos de maior mobilidade.

Luxação lateral

Seria uma lesão do ligamento periodontal com deslocamento dental geralmente para vestibular ou palatal. Como aspecto clínico é o dente deslocado, mas sem aumento de mobilidade. Apresenta sensibilidade a percussão e sangramento. Poderá apresentar contato prematuro. No exame radiográfico dependendo para onde houve o deslocamento, o dente poderá apresenta-se encurtado ou alongado. O acompanhamento clínico e radiográfico aguardando o reposicionamento espontâneo do dente ou exodontia.

Intrusão

Manifesta-se como lesão do ligamento periodontal com deslocamento no longo eixo em direção apical. A intrusão poderá ser completa (quando toda a coroa intrui) ou incompleta (parte da coroa intrui), há presença de sangramento (ruptura parcial das fibras do ligamento periodontal) e, na maioria das vezes, o dente não apresenta mobilidade. Como aspectos radiográficos o dente poderá apresentar-se alongado (quando deslocamento foi em direção à palatal ou encurtado (quando o deslocamento foi em direção vestibular). Como tratamento o acompanhamento clínico e radiográfico aguardando a reerupção do dente ou exodontia.

Extrusão

Expõe como lesão do ligamento periodontal com deslocamento no longo eixo em direção cervical. Dente parcialmente fora do alvéolo, aumento de
mobilidade, sensibilidade à percussão e sangramento, geralmente há
presença de contato prematuro. No exame radiográfico evidencia a área radio lúcida no ápice correspondente a parte do alvéolo vazio devido a extrusão. Como tratamento seria reposicionamento (nem sempre possível) + contenção, desgaste do contato prematuro ou exodontia.

Avulsão

Apresenta total deslocamento do dente do alvéolo. O aspecto clínico são dentes fora do alvéolo devido a ruptura de todas as fibras do ligamento periodontal e do feixe vásculo-nervoso e sangramento. Aspectos radiográficos com alvéolo vazio. O tratamento é mais complicado, sugere acompanhamento clínico e radiográfico e a literatura sugere a possibilidade de reimplante seguido de tratamento endodôntico em alguns casos específicos.

A Professora Mariane Cardoso, juntamente com a Academia da Odontologia, elaborou um e-book com os tipos de trauma em dentes decíduos, seus aspectos clínicos e radiográficos, além das opções de tratamento. Quer saber mais? Preencha os dados abaixo!

Espero que você tenha gostado!

Abraços.

Por Carla Pereira.

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Carla Pereira

Graduada em Odontologia pela UFSC em 2009
Especialista em Odontopediatria - PUC/PR, 2011
Habilitação em Sedação Consciente com Óxido Nitroso, 2011
Mestre em Odontologia / Área de Concentração Odontopediatria - UFSC/SC, 2015
Clínica Privada em Curitiba/PR desde 2009.
Presidente da ABOPED, Regional Santa Catarina 2017/2019.
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria desde 2015
IAPD Membro do board 2019/21, 2021/23, 2023/25 - Membership Committee
Idealizadora da CAIXA GUIA - Odontopediatria, 2015
Clinical Adviser NuSmile no Brasil, desde 2019
Co-Fundadora e Diretora Acadêmica da Academia da Odontologia, 2020
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria - Caxias do Sul/RS desde 2022
Idealizadora do Estabilize, 2023
Fundadora, Membro e Secretária Financeira da SOBRASO

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